A realidade virtual já é uma constante na vida das pessoas que curtem games, jogos corporativos e outras tecnologias. Na medicina, já é uma ferramenta tecnológica em ascensão que vem sendo utilizada para simular cirurgias complexas em pontos distantes do planeta ou tratar a chamada dor do membro fantasma, por exemplo.
Os distúrbios físicos e emocionais têm sido tratados com tecnologias de ponta obtendo resultados promissores, e abrindo caminhos para novos estudos. Assim como é possível obter melhoras significativas no caso de pacientes que sofrem de fobias ou passaram por experiências traumáticas.
Nesse caso, a realidade virtual tem auxiliado o paciente a se conscientizar dos problemas, ao oferecer alternativas menos medicamentosas e invasivas. Acompanhe nosso post de hoje e veja como a realidade virtual tem ajudado pacientes com esses problemas de saúde.
Fobias e os tratamentos padronizados
Fobias são distúrbios psiquiátricos em que os indivíduos apresentam um medo irracional em relação a uma situação ou a algum animal — por exemplo, os diagnósticos podem ser de aracnofobia (aranhas), claustrofobia (lugares fechados), medo de falar em público etc.
As pessoas desenvolvem sintomas de ansiedade que podem preceder ou acontecer no momento da exposição e são caracterizados por taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos), sudorese, palidez e, algumas vezes, desmaio.
O tratamento padronizado para esses transtornos de ansiedade é o uso de medicamentos de tarja preta e a psicoterapia. As estratégias baseadas na realidade virtual diminuem ou eliminam o uso de medicamentos e podem reduzir o número de sessões de psicoterapia.
Realidade virtual no tratamento das fobias
Estudos conduzidos na Universidade de Duke selecionam pacientes com fobias para participarem do tratamento por meio da realidade virtual. Primeiramente, é realizada uma entrevista para traçarem juntos com os médicos os objetivos terapêuticos.
Em seguida, o paciente é colocado dentro de um ambiente tridimensional sendo guiado para a situação causadora da fobia. Durante toda a exposição, o paciente é acompanhado por um terapeuta que conduz a sessão conforme a experiência vivida pelo paciente.
De acordo com informações da pesquisa, o tratamento pode durar de 6 a 12 sessões de 30 minutos.
Ambientes virtuais para tratar dor forte
Outro campo de pesquisa que está sendo estudado é o tratamento de dor forte decorrente de queimaduras de terceiro grau. E alguns pacientes relatam melhora superior ao uso de morfina quando utilizam o ambiente virtual.
Nesses estudos, os pacientes utilizam um capacete virtual para jogarem o SnowWorld, que lança bolas de neve enquanto caminham por um cenário gelado. A princípio, é um jogo simples que nada tem a ver com a dor das queimaduras. Porém, é durante o game que ocorrem as trocas de curativos que são relatadas como muito dolorosas.
O jogo propicia um ambiente de distração e aumenta a percepção da dor, de forma que o paciente não sente a troca de bandagens facilitando assim a cicatrização das queimaduras.
A realidade virtual na Medicina é uma área em expansão que depende de investimentos em tecnologias de ponta e estudos mais aprofundados sobre suas indicações clínicas. Para o tratamento das fobias, tem sido uma excelente alternativa em comparação à utilização de medicamentos que causam dependência farmacológica.
Esse é mais um benefício da realidade virtual além dos jogos interativos!