Texturização e cenário de games: como funciona e como fazer

Responsável pela movimentação de cifras superiores a 120 bilhões de dólares durante o ano de 2019, segundo relatório da empresa SuperData, o mercado de jogos não para de crescer. Houve uma evolução de 4% em relação ao ano de 2018, e a tendência é de que os números continuem subindo.

O Brasil, por sua vez, ocupa a 13ª posição na classificação mundial da indústria de games, com mais de 75 milhões de jogadores. Não por acaso, eventos grandiosos de e-sports, universo geek e semelhantes têm ganhado cada vez maior espaço nas agendas culturais de várias grandes cidades.

De quebra, surfando na onda dessa perspectiva bastante positiva, muitos profissionais podem tirar proveito e alavancar suas carreiras na área. Texturização e cenário de games, por exemplo, formam uma delas, oferecendo uma série de valiosas oportunidades para quem curte tecnologia, adora aprender e é louco por jogos. Confira o post e saiba mais!

Como funciona a produção de cenários?

Tudo varia de acordo com a plataforma escolhida — abordaremos as principais mais ao final do texto — e a complexidade do desenho. Na prática, o primeiro passo é a cor do fundo, incluindo tons de preenchimento e contorno, com maior espessura, arredondamento, formato quadrado etc. Isso depende diretamente do que será o cenário. Uma caverna? Uma floresta? Uma casa? A rua? A partir daí, começa o processo.

Conhecendo as funcionalidades do software, é hora de exercitar a criatividade e buscar colocar na tela tudo aquilo que passa na sua cabeça. A intenção pode ser dar a ideia de sombras, por exemplo, com a combinação de cores mais fracas e mais fortes. Nesse ponto, a capacidade de elaborar alternativas de design conta bastante.

Partindo de uma perspectiva geral, podemos traçar as seguintes etapas como fundamentais na produção de cenários para games:

  • cores;
  • perspectiva;
  • padronização;
  • tilesheet;
  • simetria e espalhamento.

Qual é a qualificação necessária?

Antes de mais nada, vale deixar claro: para trabalhar com texturização e cenário de games, não basta ser um apaixonado por esse universo. A rotina de produção passa longe da diversão integral, já que um jogo só começa a ficar realmente atrativo quando atinge etapas avançadas de produção.

É preciso ser uma pessoa proativa e, principalmente, alguém capaz de atuar em equipe. O senso de coletividade representa, aliás, a principal qualidade de um desenvolvedor de cenário ou outros elementos de games. Afinal, cada detalhe deve ser de conhecimento geral, e todos cumprem funções relevantes até a finalização dos projetos.

Do ponto de vista acadêmico, já existe a graduação em Design de Games, opção específica mais próxima da realidade desse mercado. É interessante destacar que pode valer bastante a pena realizar investimentos em alternativas mais curtas e com abordagem direta ao ponto como complemento.

A especialização em softwares específicos, por meio de cursos, ajuda a incrementar o currículo e aproximar você da área de que mais gosta. De qualquer modo, lembre-se de que uma coisa é certa no segmento da indústria de games: aprendizado constante é vital.

Quais são as principais ferramentas a dominar?

A formação teórica desempenha um papel superimportante na carreira de qualquer profissional de sucesso.

Porém, dominar os softwares mais eficientes também é fundamental, ou seja, você deve conhecer as plataformas de maior poder no mercado atual para desenvolver o cenário de games. Confira algumas a seguir.

Unity

Como bom amante de games, você certamente está totalmente por dentro da relevância da Unity nesse mercado, não é mesmo? Afinal de contas, trata-se de uma das ferramentas de maior fama e de mais credibilidade no mundo hoje em dia.

Para atuar no segmento da texturização e criação de cenários para jogos virtuais, é primordial entender o funcionamento desse software. Um pouco de perspectiva histórica também ajuda: a Unity se fortaleceu pela popularidade adquirida por meio de estúdios de menor expressão, devido ao baixo valor necessário de investimento.

Com isso, prosperou, escalando degrau atrás de degrau até atingir o patamar atual. Desenvolvedores independentes também auxiliaram bastante nesse processo, já que a Unity permite o trabalho com produções mais simples voltadas a dispositivos móveis até grandes materiais de consoles ou PC.

Blender

Ok, o Blender com certeza não figura no topo da lista dos programas mais usados por estúdios de jogos digitais profissionais mundo afora. No entanto, ele entrega um enorme benefício, sobretudo para quem está começando: é 100% gratuito.

Justamente por essa característica, ele ganhou força entre criadores independentes. A engine para a elaboração de games é bem simples, mas muito útil nas etapas iniciais do desenvolvimento de jogos virtuais.

O senso de coletividade da comunidade de produtos independentes também ajuda, facilitando o acesso a dados e recursos da ferramenta. Isso incentiva o compartilhamento de ideias e faz com que todos os que usam o Blender consigam melhorar dia após dia a partir do intercâmbio de conteúdo.

Maya

Quando surgiu, o Maya tinha a intenção de cumprir o papel de um software voltado à animação 3D. Mais tarde, no entanto, recebeu o acréscimo de alternativas muito importantes, que mudaram a sua prateleira no âmbito do desenvolvimento de games.

Ainda bastante valioso para tornar mais tranquila a vida do criador de animações no mercado de jogos, o Maya virou um dos grandes softwares na categoria 3D. Se você pretende trabalhar com cenário de games e texturização, portanto, precisa conhecer os principais caminhos desse programa.

Modo

O Modo é uma plataforma oriunda dos mesmos desenvolvedores de outra famosa e eficiente: o Mari. Entre seus principais concorrentes diretos, aparecem zBrush e Mudbox, disputando a liderança dos softwares para sculpting 3D.

A vantagem do Modo reside em especial no custo inferior. Mas, apesar de chamar mais atenção, não para por aí: existem opções de renderização e modelagem parecidas com as do Maya, que mencionamos acima, por exemplo. Ele é, então, uma ferramenta bem completa e técnica, requisitada por vários estúdios de criação, e vale a pena buscar conhecimentos.

Conforme a gente conferiu até aqui, trabalhar com texturização e cenário de games é uma tarefa muito legal e desafiadora. Além da capacidade técnica, são necessárias qualidades, como criatividade, conhecimento dos softwares e adequação às ideias predefinidas. Se você tem paixão pela indústria dos jogos digitais, deveria se aventurar nesse ramo!

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